segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Experimentação | Livro ・ Bruxa Psíquica - Exercício 1

Livro e prática relatada

Este é um livro que adquiri recentemente para me auxiliar no meu desenvolvimento mágico, porque diferente de tantos outros que separam a bruxaria do resto do entendimento energético e mediúnico, este tem como propósito guiar o praticante em uma abordagem que une os conhecimentos psíquicos e mágicos. Quando descobri este livro fiquei muito feliz, porque já era algo que eu mesclava por conta própria.

Mas, por conta da expectativa, já destaquei alguns pontos negativos com apenas 50 páginas lidas, então sugiro que considere isso como algo pontual deste primeiro exercício. 

Como este é um guia metafísico eu resolvi relatar minhas vivências com cada exercício em postagens dedicadas antes da resenha de conclusão da leitura, desta forma posso detalhar melhor minhas dificuldades na dinâmica dos exercícios, e talvez elucidar outro praticante solitário.

Exercício de Foco Preliminar

Descrição do exercício 

O exercício consiste em manter sua mente focada em uma contagem decrescente de 100 a 0, determinando inicialmente que entrará em estado de consciência das ondas cerebrais alfa ao chegar ao número 0. 

É mensionado que nesta prática "não importa se você visualiza os números", e que "se acaso se distrair ou perceber que sua mente está divagando, simplesmente comece tudo de novo". O êxito está em "fazer isso sem qualquer outro pensamento invadindo sua mente", e a conclusão acontece quando conseguir repetir o processo 3 vezes seguidas declarando a afirmação no início de cada vez.

"Depois de ter feito isso, você está pronto para seguir em frente."

Bem, aqui entram os pontos negativos que mensionei. Pois, esse exercício é descrito em apenas quinze linhas, sem esclarecer pontos cruciais para o processo. Afinal de contas, se alguém quer te ensinar uma prática, no mínimo deveria considerar as possíveis dúvidas dos praticantes, isso naturalmente levaria ao aprofundamento do assunto. 

Depois de ler fui à execução do exercício, e percebi que existiam sutilezas que, ou me atrapalhavam, ou me ajudavam, então foi necessário fazer uma série de testes criando variantes deste exercício.

Dificuldades da prática

  • Visualização  

Inicialmente eu comecei a fazer o exercício combinando com a visualização dos números na minha tela mental (olhos fechados), porque achei que isso ia melhorar a minha concentração, e de fato colocou minha concentração em um nível tão acentuado que me levou ao hiperfoco. Mas, eu percebi que teve um efeito colateral, eu fiquei prendendo a respiração involuntariamente em alguns momentos, como se usar a concentração intensamente estivesse afetando o meu cérebro e fazendo ele desligar brevemente outras partes para me manter no controle. 

Percebi que ou existia negligência em dizer que "não importa se você visualiza os números", pois claramente isso impactava no processo, ou essa descrição se referia a não visualizar intensionalmente, mas deixar que as visualizações acontecessem de forma natural, surgindo na tela mental eventualmente.

Eu também considerei ser uma exceção nessa dificuldade, com resultados talvez diferentes da maioria, e por esse motivo fui pesquisar na internet para ver o que as pessoas acharam desse exercício. Encontrei uma série de comentários realmente frustrados com isso (https://www.reddit.com/r/witchcraft/comments/1freorz/comment/lpd5wvv/), no entanto a opinião dessas pessoas também me ajudaram a considerar testar variações do exercício para verificar qual era o ponto mais adequado de concentração para mim, visto que nos desabafos foram compartilhadas várias dicas de ajustes que as pessoas fizeram e conseguiram ter bons resultados.

Inclusive, eu descobri nesses comentários que no segundo livro dessa série, chamado "Dominando a magia", o autor volta a falar no assunto de uma forma muito mais inclusiva e flexível (talvez por ter ouvido os leitores) em um tópico intitulado "Dificuldade com foco e visualização".

  • Pensamentos

Outro ponto que fiquei confusa é com relação ao que é considerado divagar, porque "se distrair ou perceber que sua mente está divagando" não me explica exatamente o que posso aceitar, já que um pensamento intrusivo já tem esse nome porque é um intruso na sua mente, você não controla, apenas decide se vai dar atenção ou não. Então, achei aceitável possíveis flashes de pensamentos que pipocam na mente, mas sem permitir definição, pois "divagar" seria dar espaço para a narrativa interna, deixando aquilo formar alguma frase, por exemplo, por desviar da contagem. No entanto, com o passar do tempo, em dias fazendo esse exercício, esses "flashes de pensamentos iniciais" foram diminuindo até realmente sumirem, então você pode considerar este ponto como o sucesso na prática, mas na minha opinião, você também pode ser mais flexível como eu considerei anteriormente.

Conclusão do exercício 

Eu precisava testar o que funcionava para mim, e depois de vários testes obtive êxito em duas variações deste exercício:

  • Método mais rápido sem visualizar intensionalmente:
    Percebi que fazer a contagem sem buscar imaginar os números não prejudicava a minha respiração regular, mas era um pouco mais difícil de manter o foco, então eu compensava fazendo uma contagem mais rápida. Claro que em alguns momentos eu via os números que estava pensando, mas não fazia de propósito. 
  • Fazendo uso da visualização em dezenas coloridas:
    Senti que também tive um bom desempenho quando equilibrei a visualização criando um padrão de cores para cada dezena de números. Desta forma eu não precisava exagerar na atenção imaginativa fazendo um esquema novo para cada número específico, mas ainda conseguia melhorar a minha concentração de uma forma efetiva e equilibrada na prática.
Foi interessante fazer isso tudo, me permitiu refinar a minha percepção sobre como funcionam os meus níveis de concentração, no entanto, acho que continuarei mantendo as atividades que me permitem entrar em estado de foco de uma forma muito mais prazerosa, como a arte e a leitura. Acho que poderei revisitar esse exercício quando sentir necessidade de testar meu foco intencionalmente, mas acho que trabalhar a concentração em atividades que se tem afinidade otimiza os nossos processos internos de uma forma mais natural.

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